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  • Ser Digital: conexões humanas e afetividade são determinantes para a criação do metaverso
    Última atualização: 15/09/2022 às 18:42:00



    Desenvolver competências digitais em uma instituição - o Judiciário - que tem raízes na Idade Média; romper com estruturas antigas e recomeçar a própria história. Esses são os desafios aos quais o Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5 agora se impõe, a partir do lançamento do Programa Ser Digital, ocorrido hoje (15), no edifício-sede do TRF5 (Recife/PE). O evento presencial foi transmitido integralmente pelo YouTube.  

    “Estamos lançando a semente de um programa cujo grande objetivo é introduzir no DNA de todos nós, que fazemos a 5ª Região, o que é o ser digital. O que nós queremos garantir é o direito digital, a cidadania digital, não só para magistrados(a) e servidores(as), mas preocupados com os ‘jurisdicionados digitais’, com os cidadãos aos quais a gente serve, que também precisam estar conectados com esse propósito”, informou o juiz federal auxiliar da Presidência do TRF5, Marco Bruno Miranda, durante a abertura do Programa.  

    O evento, inovador no Judiciário brasileiro, começou com a palestra “O Awake”, proferida por Dante Freitas, professor da SingularityU Brazil e fundador da empresa Gravidade Zero, na qual foram ressaltadas o papel do ser humano nos processos de inovação e a importância de tecnologias como criatividade, empatia e vulnerabilidade na concepção de iniciativas e soluções disruptivas, capazes de transformar o mundo. “A única coisa que diferencia as empresas são as pessoas, mas, ainda hoje, as pessoas são consideradas recursos humanos, ainda fazem parte de uma equação econômica”. No entanto, apontou Freitas, as empresas se tornaram uma indústria de produção de céticos. “Se você não for a peça que você tem que ser, no mundo de hoje, jogando o jogo correto, você tem um potencial de criar um desarranjo social sem precedentes”, alertou.  

    O professor destacou que, no caso específico do Judiciário, o impacto do bem-estar individual de cada magistrado(a) e servidor(a) pode afetar a vida de milhares de cidadãos e do arranjo social. “Vocês têm uma responsabilidade muito grande, principalmente quando estão julgando, decidindo futuros e destinos de pessoas”. Por isso, continuou Freitas, “é preciso desenvolver a inteligência do coração; alfabetizar o sentir, o feelset; aliar a efetividade à afetividade”.  

    Na parte da tarde, Renan Hannouche, engenheiro da computação, criador de várias startups, dentre elas, a Gravidade Zero, ministrou a palestra “Touching The Future”, buscou desmistificar a inovação, apresentando as principais tecnologias exponenciais no mundo dos negócios. Segundo ele, as pessoas querem atingir resultados da mesma forma que as máquinas, mas é necessário fazer uma triagem das atividades. “Estamos tentando ser máquinas, e não humanos. É papel de vocês entenderem quais das atividades da rotina que podem ser automatizadas, feitas pela máquina, para que ela faça o que é papel dela e vocês façam o que é papel de vocês”, destacou. A palestra contou, ainda, com a participação do público, que foi provocado a refletir sobre quais os procedimentos que, uma vez automatizados, trariam vantagens para a JF5.   

    Ser Digital – O Programa Ser Digital propõe introduzir conceitos, tendências, possibilidades e necessidades para a estruturação do metaverso da Justiça Federal da 5ª Região. Na primeira etapa do projeto, prevista para ser entregue até o final de novembro deste ano, será concebido protótipo de um ambiente no metaverso, com descrição de especificações e características definidas a partir da experiência de usuários, que participarão de um processo colaborativo de construção do saber organizacional aplicado ao mundo virtual, capaz de desenvolver as competências digitais de magistrados, servidores jurisdicionados da JF5.   

    O Programa está alinhado à Meta 9 de 2022 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), “Estimular a Inovação no Poder Judiciário”, e ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 04, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), “Educação de Qualidade”.  


    Por: Divisão de Comunicação Social do TRF5





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